Um belo dia, estava navegando pelo Youtube, encontrei um vídeo do aiporT com um desafio e com uma mensagem de que a melhor forma de aprender, é fazendo, fazendo e fazendo.
E com isso, decidi escrever um pouco sobre a minha jornada e um pouco da minha reflexão sobre o Perfeccionismo e sobre a Simplicidade, pela primeira vez, fazendo um post nesse estilo.
- Do começo
- Round 1: 2016, quando estava quase desistindo
- Vasos, vasos e mais vasos
- Desenhos, desenhos e mais desenhos
- Round 2: Referência do Romeo
- Conclusão
- Comentem e Compartilhem!
Do começo
Eu, como um detalhista, sempre tive um certo problema com o malfadado perfeccionismo, e isso acaba me atrapalhando muito em algumas coisas que eu vou fazer. Porém, acabei descobrindo que:
E tive duas situações em que me fizeram pensar bastante nessa frase, uma em 2016, quando estava quase desistindo de desenhar e outra bem recentemente, enquanto eu estava fazendo a referência do Romeo, que eu estava bem insatisfeito com os desenhos.
Round 1: 2016, quando estava quase desistindo
Em 2016, estava quase desistindo desenhos, quase jogando a toalha. E eu não estava satisfeito com o meu traço e estava com um bloqueio criativo descomunal.
E assim foi, até que em um certo dia, eu estava navegando pelo Facebook, e no meio de um mar de posts, encontrei um artigo do site Mundo Raiam sobre isso.
Vasos, vasos e mais vasos
E nesse artigo, uma parte sobre um estudo de caso me chamou bastante atenção:
Como que os melhores vasos vieram de quem tinha quantidade em mente? Para fazer 20 kg de vasos, aquele grupo tinha que trabalhar dia sim, e dia também, fazer vasos e mais vasos e literalmente colocar a mão na massa.
E o que acontece quando você faz algo constantemente e repetindo mais e mais? Você melhora aos poucos. E aos poucos vai alcançando a maestria no que você está fazendo.
E o que acontece quando você a mentalidade de “eu preciso criar o vaso perfeito”? Insegurança, Ansiedade, Bloqueio Criativo e o trabalho não sair do jeito que você queria.
Desenhos, desenhos e mais desenhos
E fiquei pensando bastante nesse artigo do Mundo Raiam, e comecei a colocar a mão na massa e desenhar, desenhar e desenhar.
E em 2017, tentei impor um desafio a mim mesmo, o Desafio Desenho Todo Dia (DDTD), que simplesmente foi um fracasso (Foram 41 desenhos em 4 meses), e somente quando comecei o Cantinho do Romeo, que comecei a desenhar mais e mais. E no final, foram 225 desenhos feitos somente nesse ano.
Mas foi em 2018, a minha maior evolução, que onde eu abandonei grande parte do perfeccionismo e comecei a realmente desenhar e postar dia sim, e dia também.
Assim, tive uma evolução bem sensível em meu traço, saindo de um traço um tanto parecido com o de 2016 para um traço que começou a ser único e bem mais próximo ao meu traço atual.
E em 2018, foram 425 desenhos. Ou seja, fazendo as contas, fiz mais de um desenho por dia. Desenhando dia sim, e dia também.
E em 2019, não tive tanta evolução nos desenhos, mas foi simplesmente o encontro com um estilo que simplesmente amei desenhar: O estilo Kemono.
Round 2: Referência do Romeo
E depois de ter mudado de estilo em 2019, tive que fazer outra referência do Romeo. E depois de duas referências seguidas (A o Minky e a do Hideo), foi a vez do Romeo, e para ele, eu queria fazer a referência mais completa que eu já havia feito e inclusive uma referência impressa.
Porém, quando fui fazer a referência, nenhum dos desenhos que eu estava fazendo, estava me agradando. A referência já estava em 5 partes, praticamente não havia saído da estaca zero e não sabia mais o que fazer, nisso acabei dando uma pausa e indo para outros projetos.
E acabou que fiquei umas boas semanas sem mexer na referência, envolvido em outros projetos (tanto o desenho para a BFF Night quanto para o #chillplushie2020).
E no final desses dois projetos, quando voltei a mexer na referência, eu estava num período mais introspectivo e mergulhado dentro de mim, pensando sobre algumas coisas da minha própria vida, até que me veio um vídeo do Matosu falando justamente sobre o Perfeccionismo.
E esse vídeo me deixou pensando muito sobre como o meu perfeccionismo estava me atrapalhando. E depois desse me veio outro vídeo do Matosu sobre a Simplicidade.
E esse vídeo me deixou pensando sobre a própria trajetória do Cantinho. Eu comecei como um artista com um traço simples e bem carismático, e conforme o Cantinho foi crescendo, eu me sentia na pressão de fazer desenhos que fossem mais detalhados, e sinto que os desenhos acabaram perdendo um pouco da simplicidade do início.
E conforme observado pelo Rommck, no “Diagnóstico Artístico de um Herói #02” no final de 2017:
Conclusão
E com isso tudo, vi que não tinha problema em fazer algo mais simples, pois é parte da essência do Cantinho. Eu não preciso me superar, não preciso fazer algo perfeito e nem me cobrar demais, pois isso apenas me fará ter uma dificuldade enorme de criar, e é com os erros que aprendemos.
E foi desenhando dia sim e dia também, que o meu traço evoluiu, e principalmente, me inspirando em pessoas que já estão nas artes há muito mais tempo que eu, e foi fazendo, estudando e olhando os erros que os outros artistas conseguiram chegar onde eles estão hoje em dia.
Ou seja: Tentar, Errar e Aprender, faz parte. E também, é sempre melhor feito do que perfeito.
E “é sempre melhor feito do que perfeito“, não é sinônimo de um trabalho mal-feito, mas sim, se arriscar a colocar em prática novos projetos, mesmo que não saiam perfeitos, e assim indo aprendendo o que fazer e o que não fazer, e principalmente, como fazer.
E se for fazer algo, comece. Simplesmente isso. Se não vai ficar perfeito, não desista, isso será um aprendizado.
Comentem e Compartilhem!
E contem aí nos comentários, as suas experiências e as suas opiniões sobre o Perfeccionismo e a Simplicidade.
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